O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Grupo Especial de Apoio e Atuação para Prevenção e Resposta a Situações de Emergência ou Estado de Calamidade devido à Ocorrência de Desastres (GPRD), vistoriou na última terça-feira (4) os abrigos que acolhem as famílias atingidas pela cheia do rio Acre no município de Porto Acre. Atualmente, as famílias que precisaram ser abrigadas foram acolhidas na Escola Estadual Coronel José Plácido de Castro, Escola Municipal Nilce Machado da Rocha, Centro Cultural e prédio da Seaprof.
Além das visitas aos abrigos, o promotor de Justiça Flávio Bussab Della Líbera, ao lado do prefeito Bené Damasceno, também acompanhou as providências tomadas pela Prefeitura Municipal e pela Comissão Municipal de Defesa Civil (COMDEC) na sala de situação instalada para discutir e coordenar as ações de auxílio aos atingidos.
O rio Acre no município tem sua cota de alerta em 12 metros e a cota de transbordamento em 12,50 metros, volume que foi alcançado no dia 25 de março. Na data do acompanhamento das atividades pela Defesa Civil municipal, o nível do rio Acre no município alcançava 15,48 metros, com progressão no aumento do nível em todas as medições realizadas.
Além da enchente do rio Acre, as chuvas também atingiram famílias na região do Projeto Tocantins, que isolou 630 famílias pelo transbordamento do Riozinho do Andirá, que inundou a única via de acesso da comunidade. O município, predominantemente rural e com alto índice populacional nas regiões ribeirinhas, somava na terça-feira mais de 5.800 pessoas atingidas pelas cheias dos mananciais, o que resultou em 121 pessoas desabrigadas e 43 desalojadas.

Em contato com o prefeito, o promotor de Justiça também foi informado que a Prefeitura Municipal de Porto Acre vem disponibilizando suporte às famílias com a distribuição de água potável para as famílias que não saíram de casa, além de atendimento médico e distribuição de café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar nos abrigos.
“O MPAC vem acompanhando a situação em contato com os órgãos municipais para a tomada de providências e realizando vistorias nos abrigos. Verificamos que as pessoas atingidas vêm recebendo auxílio das equipes da Assistência Social e das secretarias administrativas do município para acolhimento, suporte e planejamento ao retorno das famílias para suas casas”, destacou o promotor de Justiça. (Agência de Notícias do MPAC)