O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) promoveu nesta segunda-feira (24) uma oficina de avaliação da atuação do GPRD – grupo especial criado para atuar em desastres naturais – no atendimento às vítimas das cheias dos igarapés e do rio Acre neste ano. A oficina marcou o encerramento das atividades que ocorreram no período de 24 de março a 19 de abril, com uma base montada no Parque de Exposições Wildy Viana, principal abrigo da capital.
Em sua fala, o procurador-geral de Justiça Danilo Lovisaro do Nascimento afirmou que o GPRD deverá manter a atuação como um grupo de ação contínua, em razão dos problemas que o estado tem sofrido devido aos eventos climáticos extremos. Ele ressaltou que as questões graves do ponto de vista climático estão se tornando cada vez mais habituais para todos e que a enchente e a enxurrada deste ano foram um dos piores desastres ambientais que já aconteceram no estado.
O procurador-geral também destacou o propósito da oficina de avaliação, que reuniu os integrantes do MPAC que participaram voluntariamente das atividades do GPRD, e contou com formulários de avaliação baseados nos enfoques organizacional, de intervenções e vivência.
“Durante esse período de atuação direta, conseguimos colher e produzir uma grande quantidade de informações valiosas. Esperamos agora que, a partir da vivência da realidade e dos problemas que pudemos presenciar e sentir, tenhamos a oportunidade de influir de forma positiva em diferentes campos de atuação e intervir para minimizar os problemas climáticos e urbanos. Agradeço a cada um de vocês pelo empenho e dedicação. A instituição é maior quando todos estão unidos no mesmo propósito”, disse.
Na oportunidade, o coordenador do GPRD, promotor de Justiça Luis Henrique Rolim, apresentou um balanço das atividades do grupo nos 27 dias de atuação, que contou com 138 colaboradores, entre membros e servidores. Entre os dados apresentados, foram cerca de 11.390 horas trabalhadas, com o atendimento de 230 demandas urgentes e 386 visitas realizadas pelas equipes em abrigos, instituições, casas de famílias atingidas, entre outros locais.
Visando atender demandas que surgiram, o MPAC expediu ainda 43 ofícios, para diferentes instituições, em especial do Estado e Município, além de uma recomendação. O MPAC colaborou, ainda, com doações arrecadadas através de campanha própria e em colaboração com o Governo do Estado, chegando a 7.909 itens destinados aos atingidos pelas cheias.
“O MPAC não fez só um trabalho de fiscalização, mas um trabalho humanitário, com resolutividade naquilo que se propôs a fazer”, destacou o coordenador.

A coordenadoria do GPRD também foi exercida pelo procurador de Justiça Carlos Maia, durante um período. Ele também elogiou o trabalho dos integrantes do MPAC que participaram das ações.
“A sensação é de dever cumprido. Só temos a agradecer aos voluntários que dedicaram boa parte de seu tempo e de suas vidas para trabalhar no acolhimento daqueles que foram atingidos pela enxurrada e pela cheia do rio Acre”, afirmou.