O motorista de aplicativo de 36 anos que foi preso em flagrante após divulgar um vídeo entrando em um motel de Rio Branco com uma menina de 14 anos teve sua prisão mantida em audiência de custódia realizada neste domingo (21). O caso chocou a população e levantou questões sobre a segurança de crianças e adolescentes em meio ao uso de aplicativos de transporte.
O flagrante ocorreu no último sábado (20), quando o homem deixava um dos quartos de um motel na Via Chico Mendes, no Segundo Distrito da capital. Colegas de profissão denunciaram o motorista após receberem vídeos em que ele chegava ao estabelecimento acompanhado da menor dentro do carro.
A audiência de custódia foi conduzida por um juiz, que decidiu converter o flagrante em prisão preventiva. O advogado do motorista, Gleyh Holanda, afirmou que irá entrar com um pedido de revogação da prisão preventiva e utilizar todos os recursos cabíveis. Ele ressaltou que a prisão ocorreu devido à divulgação do vídeo e não está relacionada a estupro de vulnerável ou pedofilia.
Após ser preso, o motorista e a adolescente foram encaminhados à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (Deam), onde foram ouvidos pela delegada Lucélia Felix. A delegada optou por não comentar sobre o caso com a imprensa. O Conselho Tutelar informou que ainda não recebeu formalmente o caso para iniciar a atuação por meio da rede de atendimento.
O motorista foi indiciado pelos crimes de filmar e divulgar imagens que contenham sexo explícito envolvendo criança ou adolescente, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. A polícia relatou que, ao chegar no motel, foi informada de que o homem estava prestes a deixar o local após pagar a conta. Os militares realizaram a abordagem e questionaram com quem ele estava acompanhado. Inicialmente, o motorista afirmou que estava com uma garota de programa e os policiais solicitaram que ele a chamasse. Em sua defesa, ele alegou que a menina tinha 15 anos e que gravou e divulgou o vídeo em um grupo de trabalho.
No entanto, a idade da menina foi confirmada posteriormente, quando os policiais tiveram acesso ao documento dela, que revelava sua real idade, 14 anos. Esse dado reforça a gravidade do ocorrido, já que a adolescente é considerada menor de idade e está sujeita à proteção prevista na legislação brasileira.