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Estagiário da área jurídica é desligado sob suspeita de vazamento de informações

Estagiário da área jurídica é desligado sob suspeita de vazamento de informações

O jovem estagiário Romário Monteiro Santana, que exercia suas funções na Vara de Crimes de Organizações Criminosas da Comarca de Rio Branco até o início de abril, foi imediatamente afastado de suas atividades profissionais após o advogado Thalles Damasceno Magalhães de Souza, detido na terceira fase da Operação Tricoat, realizada pela Polícia Federal, como suspeito de divulgar informações confidenciais sobre a operação, apontá-lo como o responsável por fornecer os documentos.

Santana, inclusive, já teria prestado depoimento à Polícia Federal após ter sido alvo de uma ordem de busca e apreensão para confiscar seu celular e outros materiais de evidência. Segundo o depoimento do advogado detido à PF, o estagiário compartilhou com ele, por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp, as informações sigilosas da investigação, que tinha como um dos principais alvos o empresário Eliezer de Souza Brito, preso na segunda fase da Operação Tricoat.

A busca e apreensão contra Romário ocorreu nas instalações da própria Vara de Crimes de Organizações Criminosas, onde ele estava trabalhando, e ele prontamente entregou seu celular, sendo intimado a comparecer à Superintendência da Polícia Federal para prestar declarações. De acordo com o advogado Thalles Damasceno, tanto ele quanto o estagiário tinham o objetivo de obter lucro financeiro.

Informações detalhadas da investigação revelam que Thalles exigiu uma quantia em dinheiro para manter Eliezer informado sobre o andamento das investigações. Após ser preso, o advogado afirmou em depoimento à polícia que o valor solicitado foi de R$ 150 mil, montante que seria compartilhado com Romário. O estagiário inclusive teria comunicado a alteração da data originalmente planejada para a realização da operação policial contra o empresário.

A Operação Tricoat encontra-se em curso, visando desmantelar uma quadrilha criminosa acusada, de acordo com a Polícia Federal, de envolvimento em atividades de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas em âmbito interestadual. Durante as etapas iniciais da operação, que culminaram na prisão de Eliezer, foram executados 24 mandados de busca e apreensão, bem como 2 mandados de prisão, abrangendo sete estados: Acre, Amazonas, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pará e Piauí.

Conforme informações da Polícia Federal, as investigações contra o grupo criminoso foram iniciadas há mais de um ano, em janeiro de 2022, quando foi descoberto um esquema profissional responsável pelo transporte de drogas para diversos estados do Brasil, principalmente na região Nordeste, por meio de vias terrestres. Paralelamente, também foi apurada a prática de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, tendo Eliezer como líder.

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