O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Samaúma realizou na manhã desta terça-feira (18) um arraial como parte das ações realizadas no atendimento humanizado em saúde mental oferecido pelo Município de Rio Branco a quem precisa de ajuda profissional para superar dificuldades e problemas relacionados ao comportamento e ao convívio social.
“São pessoas que estão tendo dificuldades para manter suas atividades diárias, o autocuidado e que estão em sofrimento mental grave, deprimidos ou com ansiedade muito elevada.
E a gente consegue identificar esses fatores de riscos aos quais a pessoa precisa ter um cuidado maior com a sua saúde mental”, explicou a psicóloga Cristina Cavalcante.
Localizado no bairro Morada do Sol, o Caps II Samaúma já realizou, somente este ano, 4.586 atendimentos, que começam com acolhimento e passa pelas diversas terapias que são adequadas de acordo com cada caso, como explicou a coordenadora do centro, a fisioterapeuta, Daniela Matias.
“Aqui é portas abertas, por livre demanda. O cliente vem até o Caps para ser atendido, é feito o acolhimento e após esse acolhimento quanto ele relata o que está passando, o que está acontecendo. Após a inserção dele no serviço, fazemos uma agenda terapêutica e fazemos o acompanhamento com os serviços do Caps.”
O tratamento no Caps é diferenciado, sendo priorizadas as Práticas Integrativas e Curativas (PICs), que incluem diversas modalidades de terapias desde a tradicional até as alternativas com música, arte e dança.
“Nós temos atendimento médico, atendimento com psicóloga de forma individualizada, grupos terapêuticos, grupos de sociabilidade. Nós temos desde os médico clínico, médico psiquiatra, psicólogo, profissional de educação física, educador social, enfermeiro, técnicos de enfermagem, farmacêutico, uma equipe multidisciplinar”, completou a coordenadora.
Um destes profissionais, é o Fabiano Rodrigues, de Educação Física. “A gente faz um trabalho de elevar a autoestima, trazer alegria e levar qualidade de vida para todos os participantes que vem em busca do serviço do Caps e que pela prática da atividade física que a gente tenha o estímulo dos bons hormônios, especialmente a oxitocina que é o hormônio do amor”, ressaltou.
“Quem é atendido no Caps relata sua mudança de vida. Uma dessas pessoas é o Adriano Oliveira que participa das atividades há um ano “Eu entrei numa depressão profunda, tive problemas familiares particulares e vim parar no Caps. E quando cheguei fui muito bem recebido, muito bem atendido pelos profissionais e hoje posso dizer que vivo em paz, vivo uma nova vida, um dia de cada vez e tem sido muito bom para mim”, relatou.
A Islaine Alves, hoje uma das mais animadas no arraial, conta que já passou por um grave transtorno, mas há seis, desde quando veio ao Caps em busca de ajuda, não soube mais o que é passar por este tipo de problema. “Eu melhorei 100%. Todo mundo aqui trata a gente bem, quando a gente chega aqui tem tudo para a gente se sentir bem, se sentir em casa. Eu estou muito bem, não tomo mais remédio e estou bem que só, graças a Deus”, concluiu.